Em um mundo onde a busca pela independência financeira se torna cada vez mais relevante, a bolsa de valores surge como um campo de possibilidades para aqueles que desejam viver de renda. A analista chefe Cleide Rodrigues, da casa de análises Money Wise Research, explica que para alcançar uma renda constante e construir uma carteira robusta, é essencial abraçar a diversificação. “Ela não apenas ajuda a mitigar os riscos associados a eventos imprevistos, mas também promove uma abordagem equilibrada e sustentável para o investimento ao longo do tempo. E quando o objetivo é retorno consistente, vale investir nos setores perenes, ou seja, essenciais para a sociedade independente das crises que possam surgir. Os que mais indico são: energia e saneamento”, revela.
A analista explica que são setores conhecidos por serem fortes geradores de caixa, resultando em lucros substanciais. O interessante é que esses lucros, frequentemente, são compartilhados com os acionistas, proporcionando uma fonte adicional de retorno para os investidores. Mas, Cleide pontua que da mesma forma, os dividendos generosos que uma empresa paga atualmente não são uma promessa de pagamento consistente ao longo do tempo. Portanto, é essencial manter uma vigilância constante. “Ao depender da bolsa de valores como principal fonte de renda, os investidores devem adotar uma postura proativa, monitorando de perto as empresas em que investem. Isso não apenas proporciona segurança adicional diante dos riscos inerentes ao mercado, mas também permite ajustes estratégicos necessários para preservar e otimizar os retornos ao longo do tempo”, diz.
Desafio da bolsa de valores
Disciplina emocional é a chave do sucesso garante Cleide. “Manter a racionalidade diante das flutuações do mercado é tão importante quando a diversificação da carteira e o acompanhamento constante das empresas”.
Importância da análise de dividendos
É fundamental compreender que os dividendos são, acima de tudo, uma consequência de uma empresa com fundamentos sólidos, bem gerenciada e madura. “Os dividendos não devem ser vistos isoladamente, mas como um reflexo da saúde global da empresa. Uma empresa que distribui dividendos consistentes geralmente é aquela que já alcançou um estágio de maturidade, não requerendo investimentos massivos para expansão. Essa maturidade permite que a empresa compartilhe parte de seus lucros com os acionistas. Uma empresa considerada sólida deve manter uma média de dividendos acima de 6% ao ano, por pelo menos cinco anos, garantindo consistência ao longo do tempo”, orienta a analista da MW Research.