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Ray – Você Não Me Conhece: Fundação Dorina Nowill para Cegos realiza oficina dedicada ao elenco do espetáculo Ray Charles

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Com o propósito de buscar novas maneiras de promover a inclusão e acessibilidade, a Fundação Dorina Nowill para Cegos, referência em inclusão social de pessoas cegas e com baixa visão, realiza oficina dedicada ao elenco da peça  Ray – Você Não Me Conhece”, que retrata a história de Ray Charles, artista com deficiência visual, negro e ativista, narrada pelas lentes de seu filho mais velho. O espetáculo, idealizado por Felipe Heráclito Lima e com texto e direção de Rodrigo Portella, estreia dia 1º de novembro, sexta-feira, às 20h, no Teatro B32, na Rua Lício Nogueira,  92, no Itaim Bibi, em São Paulo (SP). A temporada segue até dia 14 de dezembro, com sessões todas as sextas e sábados, às 16h e 20h; e aos domingos, às 17h.

A Fundação Dorina está contribuindo com o processo de inclusão e acessibilidade do espetáculo. Foi feita uma oficina dedicada ao elenco da peça, com o objetivo de compreender o universo e dia a dia de uma pessoa com deficiência visual, destacando questões ligadas à legislação pertinente, capacitismo e os termos corretos a serem utilizados. Além disso, será responsável pelas sessões acessíveis, incluindo recursos de interpretação em Libras, além de contribuir para a consultoria do roteiro da peça, que visa trazer o recurso de audiodescrição para as falas dos próprios atores, para que o espetáculo seja o mais acessível possível às pessoas com deficiência visual.

Baseada no livro homônimo de Ray Charles Júnior, a peça explora a vida e obra do músico, retratando os desafios e conquistas de sua carreira, mas, sobretudo, a complexa relação entre pai e filho. O diretor e dramaturgo Rodrigo Portella explica sua visão sobre a obra como um acerto de contas entre ambos.

“O livro é a tentativa de resgate da memória do pai por uma perspectiva totalmente pessoal e íntima. O recorte que escolhi é o embate entre as gerações, onde expectativas não correspondidas dão o tom do jogo. Que responsabilidades devem ser assumidas de um lado e de outro dessa relação, sobretudo quando o pai é um ícone mundial amado e adorado por todos? É uma peça sobre paternidade, mas também sobre traumas e reconciliação”, explica o diretor e dramaturgo Rodrigo Portella.

“Apoiar eventos que contam a história de pessoas cegas não é apenas uma responsabilidade social, como também uma oportunidade de causar impactos significativos na sociedade. Estamos felizes em fazer parte desse projeto e esperamos que, cada vez mais, novas histórias de pessoas com deficiência sejam celebradas e promovidas” afirma Francisco Henrique Della Manna, Presidente do Conselho de Curadores da Fundação Dorina Nowill para Cegos.

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