Os Ômega 3 são ácidos graxos poli-insaturados, essenciais para o bom funcionamento do organismo dos pets. Compostos por EPA (ácido eicosapentaenoice) e DHA (ácido docosahexaenoico), substâncias que não são naturalmente produzidas pelo organismo da maioria dos animais, os Ômega 3 podem e devem ser inserido na dieta do pet sempre que possível.
A diferenciação entre os Ômega 3 ocorre pelas diferentes concentrações de EPA e DHA que eles podem apresentar. O EPA tem a função de reduzir os processos inflamatórios no organismo, enquanto o DHA apresenta uma elevada importância no desenvolvimento cerebral, na proteção do sistema nervoso e na capacidade de aprendizado dos pets. A concentração destes compostos em diferentes níveis faz com que cada Ômega 3 tenha uma função diferente e seja indicado para determinadas fases da vida do pet.
“Quando pensamos na suplementação com Ômega 3 para filhotes, com o objetivo de auxiliar no desenvolvimento neurológico das primeiras fases da vida, o Ômega 3 com maior concentração de DHA é o mais indicado”, explica Pamela Meneghesso, médica-veterinária gerente de produtos da Avert Saúde Animal.
Estudos sugerem que o fornecimento de suplementação rica em DHA na dieta da fêmea gestante e lactante pode ser a forma mais eficiente de fornecer o nutriente para os fetos em desenvolvimento e para os filhotes recém-nascidos. Na fase pós-desmame, incluir a suplementação na dieta dos filhotes ajuda a garantir que o organismo receba as quantidades necessárias de DHA para o desenvolvimento contínuo do sistema neurológico, levando a uma melhora no aprendizado, na memória, nas atividades motoras, na orientação espacial e até mesmo no estado emocional do pet.
“Além de atuar de forma positiva no desenvolvimento neurológico do pet, o Ômega 3 traz outros benefícios para toda a vida do animal. Ajuda na melhor disposição do pet, reduz os riscos de doenças inflamatórias, atua como protetor cardiovascular, reduz a queda de pelos e os deixa mais brilhantes e saudáveis, e fortalece o sistema imunológico como um todo”, Pamela reforça.
As propriedades anti-inflamatórias do Ômega 3 atuam no aumento da produção de citocinas, que são essenciais para a defesa do organismo contra vírus e bactérias, além de estimular a atividade das células de defesa responsáveis por identificar e destruir microrganismos invasores causadores de doenças.
“No início da vida o sistema imunológico do filhote ainda é imaturo, ele está mais suscetível às doenças infectocontagiosas. A suplementação com Ômega 3 nesta fase da vida reforça a capacidade das defesas naturais do organismo, e pode potencializar a proteção promovida pelo primeiro ciclo de vacinas do pet”, conta a médica-veterinária.
A profissional alerta, porém, para que os tutores não forneçam Ômega 3 de humano para os pets: “A quantidade de Ômega 3 nas formulações humanas é bem diferente da quantidade que os pets necessitam, principalmente os filhotes. Por isso já existem no mercado os Ômega 3 elaborados especificamente para filhotes de cães e gatos, e que, por conta da dosagem pequena, acompanham até mesmo seringa dosadora para que seja fornecida a dose ideal. Dessa forma, é possível fornecer com mais precisão a quantidade necessária de Ômega 3 para o filhote, proporcionando um desenvolvimento mais seguro e saudável para o animalzinho”, finaliza.
Toda e qualquer suplementação alimentar que deva ser fornecida para os animais de estimação precisa ser discutida com o médico-veterinário de confiança e orientada pelo profissional.