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Quais os maiores mitos sobre o vinho?

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No dia 18 de fevereiro, comemora-se o Dia Mundial do Vinho e a Wine celebra a data esclarecendo os principais mitos que nos acompanham até hoje e acabam pautando a degustação de muitos enófilos.

“Apesar de abranger muitos conceitos e informações, o universo dos vinhos não deve ser tido como algo assustador ou difícil, muito pelo contrário: ele pede apenas uma boa dose de disposição para conhecer as mais diversas variações que um vinho pode apresentar e encantar com experiências e momentos incríveis”, diz Marina Bufarah de Souza, sommelière da Wine, o maior clube de assinatura de vinhos do mundo.

Para ajudar nessa jornada, seguem algumas questões que são tidas como verdades absolutas para serem esclarecidas, seguidas de dicas para facilitar seu consumo:

1 – Quanto mais velho o vinho, melhor é.

Mito. Há vinhos de extrema qualidade que, logo após sua fabricação, já estão prontos para o consumo, os chamados vinhos jovens. A maioria dos vinhos produzidos no mundo entram nessa categoria e devem ser consumidos numa média de cinco anos a contar da sua safra. Porém, existem exceções, como aqueles com mais estrutura, mais taninos e boa acidez, que conseguem ser mais longevos e se beneficiar de fato do envelhecimento em garrafa.

Todo vinho possui uma curva de evolução: nasce, evolui, chega a sua plenitude e começa a morrer (declinar). Por isso, na dúvida, é importante checar o tempo de guarda indicado pelo enólogo,  informação que pode ser encontrada na ficha técnica do produto.

2 – Vinhos com tampa de rosca (screw cap) não tem qualidade.

Mito. A tampa de rosca ou screw cap, foi criada para suprir a demanda de rolhas no mundo, que é maior do que a oferta, e é tida hoje como uma excelente alternativa para vedar as garrafas.

As tradicionais rolhas de cortiça são produzidas pelo Sobreiro, uma árvore que se regenera a cada 9 anos, para então poder dar origem a próxima remessa de rolhas, o que torna inviável vedar todas as garrafas produzidas no mundo com esse tipo de rolha.

O principal objetivo da rolha é proteger o vinho do contato com o oxigênio, papel exercido perfeitamente pelas tampas de rosca, preservando a bebida e mantendo ela pronta para o consumo.

3 – Vinhos com sabor mais adocicados levam açúcar em sua composição.

Mito. O sabor adocicado dos vinhos finos vem do açúcar residual da própria uva. Ou seja, o açúcar da fruta que não foi consumido pelas leveduras e transformado em álcool durante o processo de fermentação.

Nem sempre o teor de açúcar residual é percebido na boca, pois a sensação de doçura pode ser suavizada pela acidez do vinho.

Vale ressaltar que todos os elementos estruturais do vinho – acidez, taninos, corpo, álcool e açúcar residual, influenciam-se. O mais importante é o equilíbrio entre eles para que possamos ter um vinho agradável no nosso paladar. Para quebrar esse mito, vale provar um vinho meio seco e perceber o quão saboroso e agradável ele pode ser.

4 – Vinhos verdes recebem esse nome por conta da sua cor verde.

Mito. O vinho verde é uma Denominação de Origem Controlada (D.O.C.) de Portugal e só recebem esta classificação os vinhos que são obrigatoriamente produzidos nessa região, seguindo as regras estipuladas pelo conselho regulador. Vale observar que os vinhos verdes não são sempre brancos, eles também podem ser espumantes, rosés e até tintos.

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