Meia 92

Namoro virtual: 20% dos usuários flertam com chatbot, diz pesquisa

Close-up stock photograph showing a touchscreen monitor being used in an open plan office.
A woman’s hand is asking an AI chatbot pre-typed questions & the Artificial Intelligence website is answering.

Um estudo conduzido pela Infobip, a principal plataforma de comunicações em nuvem, revelou que dois em cada dez usuários confessaram já ter flertado com um chatbot em algum momento da conversa enquanto eram atendidos. Esse dado, se observado junto aos 81 milhões de solteiros no Brasil, de acordo com o IBGE, mostra que as pessoas estão encontrando em robôs a possibilidade de namoros virtuais.

“Os chatbots são recursos que empresas utilizam para agilizar atendimentos de empresas a clientes, na maioria dos casos, oferecendo a possibilidade da resolução sem a necessidade de um humano. O que observamos, curiosamente, é que há pessoas se apaixonando por esses robôs e enviando declarações, tentando interagir amorosamente. Apesar de ser um fato inusitado, no campo dos negócios, isso nos mostra um avanço na relação entre consumidor e atendimentos automatizados, que já foram alvo de críticas em outros tempos” conta Giovanna Dominiqui, gerente regional LATAM da Infobip.

De olho nisso e utilizando a tecnologia a favor do amor, aplicativos de namoro também já oferecem diversas opções de dar o primeiro passo na conversa e até outras formas de conhecer pessoas. E é aí que o chatbot entra como recurso dentro dessas plataformas, que habilitaram funções como o ChatGPT, para escrever biografias, melhorar o algoritmo e atrair matches mais compatíveis com cada pessoa.

Nesse sentido, três em cada quatro usuários pensam que o uso dessas ferramentas é aceitável ao iniciar uma conversa ou destacar as qualidades do perfil, segundo um relatório do Tinder.

De volta aos chatbots utilizados para atendimento ao cliente, a especialista da Infobip conta que esse recurso se desenvolveu de tal forma que você pode até sentir que está conversando com um amigo, ou pelo menos, isso foi declarado por 18% dos usuários pesquisados pela empresa. Isso é um indicador de que essas ferramentas tecnológicas superaram a barreira de serem “robóticas”, pois o fato de manterem conversas fluidas, interessantes e autênticas é um resultado da hiper personalização e de sua própria configuração.

“Os serviços de chatbot estão se tornando cada vez mais humanizados, o que não apenas melhora o desempenho na relação entre empresas e consumidores, mas também tem impactos significativos na vida das pessoas. Tamanha é a humanização, que algumas pessoas estão recorrendo a esses serviços até mesmo para manter relações amorosas”, destaca Giovanna.

Embora não seja motivo para alarme, isso nos oferece a oportunidade de aproveitá-lo a nosso favor, por exemplo, as empresas podem melhorar a programação de seus chatbots para criar conexões mais estreitas que gerem uma impressão positiva da comunicação e, consequentemente, do serviço. “Não quero dizer que devem dar a impressão de um romance nesses atendimentos, mas os dados da pesquisa nos mostram que há uma melhor relação entre os humanos e os chatbots e é possível explorar cada vez mais esse tipo de canal para soluções”, conta.

A hiper personalização é o futuro da experiência do cliente. Ter as ferramentas e procedimentos necessários para interpretar os dados corretamente e oferecer uma experiência incomparável é a chave para fazer com que se apaixonem. “É o cenário ideal para que as pessoas se apaixonem pela conexão com as empresas, por seus produtos. Que seja um namoro e até mesmo uma conversa leve, como todo romance deveria ser”, finaliza.

Conteúdo Relacionado

Rolar para cima