O teste molecular baseado em PCR, disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) e na rede particular, permite a autocoleta, oferecendo precisão e conveniência. Isso facilita o acesso ao exame, que pode ser realizado em casa por mulheres e homens trans, reduzindo barreiras e estigmas, além de proteger a saúde dessa população contra o câncer de colo do útero
São Paulo, julho de 2024 – O HPV (Papilomavírus Humano) é uma das infecções sexualmente transmissíveis mais comuns, afetando milhões de pessoas em todo o mundo. O vírus é transmitido sexualmente e, em alguns pacientes, pode provocar alterações celulares que, ao longo dos anos, podem evoluir para câncer de colo do útero.
Segundo a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) e a Organização Mundial da Saúde (OMS), este câncer é a principal causa de morte por câncer entre mulheres na América Latina e no Caribe. Por isso, a prevenção e a detecção precoce do HPV são fundamentais para reduzir os riscos associados.
Diagnóstico
A detecção do HPV e de lesões pré-cancerosas tem sido realizada há anos por meio de um exame preventivo conhecido como Papanicolau. Esse exame geralmente é realizado durante consultas de rotina com o ginecologista ou em laboratórios. Os resultados costumam estar disponíveis para o paciente em um prazo de 10 a 30 dias.
Este ano, o Ministério da Saúde incorporou ao Sistema Único de Saúde (SUS) uma nova opção de exame para detecção do HPV com uma tecnologia mais avançada. “O novo exame é um teste molecular baseado em PCR, similar aos exames de Covid-19 ou Influenza, que permite detectar o DNA do Papilomavírus humano (HPV). Essa abordagem oferece resultados mais precisos e possibilita identificar o vírus antes que ele cause lesões, permitindo uma intervenção precoce e eficaz. Além disso, o exame oferece a conveniência da autocoleta, tornando-o mais acessível e rápido”, explica Andrea Alfieri, Bioquímica e Gerente Técnica do DB Molecular.
Como é feito o exame de autocoleta de HPV?
O próprio paciente, seja mulher ou homem trans, pode coletar uma amostra de células do colo do útero utilizando um kit fornecido pelo laboratório. A coleta é feita com um dispositivo semelhante a um absorvente interno, que deve ser inserido na vagina e deixado por apenas 10 minutos. Após esse tempo, o dispositivo é retirado e colocado em um pote selado, que deve ser mantido refrigerado (2 a 8 graus) até a entrega.
Vantagens
Estudos científicos têm mostrado que o autoexame de HPV é altamente eficaz na detecção do vírus. Além disso, apresenta outras vantagens relevantes como:
- Acessibilidade e conveniência: A autocoleta permite que mulheres e homens trans coletem amostras no conforto de suas casas, eliminando barreiras, como deslocamento e falta de tempo, que muitas vezes impedem a realização de exames preventivos regulares.
- Redução de estigmas: Para muitas mulheres e homens trans, o exame ginecológico pode ser desconfortável e embaraçoso. Dessa forma, a autocoleta oferece uma alternativa que pode reduzir a ansiedade e o constrangimento, incentivando mais pessoas a realizar o teste.
- Aumento da cobertura: Em regiões com acesso limitado a serviços de saúde, a autocoleta pode ser uma solução viável para alcançar populações que de outra forma não seriam testadas. Isso é particularmente importante em países em desenvolvimento, onde as taxas de câncer de colo do útero são mais altas.
“É importante ressaltar que a autocoleta não elimina a necessidade de buscar o acompanhamento médico ginecológico periódico. Além disso, é fundamental que os resultados positivos sejam seguidos por consultas médicas para a realização de exames adicionais e o início de tratamentos necessários”, ressalta Andrea.
Institucional
O DB Diagnósticos realiza 35