O peso estava no ar. Será que Novak Djokovic teria chances reais de conquistar a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos em Los Angeles se falhasse na final de Paris? A dificuldade era enorme, uma vez que do outro lado estava Carlos Alcaraz, embalado pelos títulos em Roland Garros e Wimbledon. Pois bem, Nole cresceu e alcançou uma das mais impressionantes vitórias da sua carreira para completar o sonho: já tem os Grand Slams todos e o ouro olímpico.
Já não lhe falta fazer nada na carreira, sendo que o triunfo deste domingo ganha uma magnitude ainda mais marcante, tendo em conta que Djokovic chegou a este jogo sem qualquer título ainda em 2024. Mas a verdade é que guardou a melhor exibição da temporada para aquele que é um dos maiores momentos da carreira, ao triunfar numa batalha fabulosa com as parciais 7-6(3) e 7-6(2), em 2h52.
Todo o jogo foi um exercício de tremenda intensidade, sendo que não se contabilizou uma única quebra. Alcaraz ameaçou oito vezes no primeiro set enquanto Nole teve cinco break points na parcial inaugural. Já na segunda parcial, o espanhol ficou em branco e o sérvio não aproveitou a única porta que se abriu, antes de se agigantar no tie-break, voltando a jogar um nível perto de perfeito.
Está encontrado o novo campeão olímpico, num momento em que Djokovic ganha uma dimensão ainda maior na hora de debater quem é o melhor de todos os tempos. O Golden Slam de carreira é dele, batendo o jogador que o tinha vencido com facilidade na final de Wimbledon há poucas semanas.
colaborou – Pedro Gonçalo Pinto