Férias e feriados de fim de ano são momentos para descansar e viajar, mas, também, períodos de preocupação para tutores de pets. Se o animal não puder participar da viagem, é preciso escolher um hotel ou um cuidador temporário. Já se o animalzinho for acompanhar a família, é preciso garantir seu bem-estar. Por isso, seguir as orientações de profissionais é fundamental.
A dica mais importante? Consulte o médico-veterinário. É ele quem vai avaliar a saúde do pet, recomendar planos preventivos e indicar o que é preciso para uma viagem ou estadia segura, além de possíveis cuidados no retorno. “O ditado popular ‘É melhor prevenir do que remediar’ é ainda mais verdadeiro nos casos dos pets. Animais não falam, ou seja, dependemos de exames diagnósticos ou sinais físicos para perceber algum tipo de dor ou desconforto, que só aparecem quando o quadro pode estar mais avançado. Então, um check-up e medidas preventivas podem evitar interrupção nas férias por um problema de saúde que poderia ser evitado ou tratado com antecedência”, alerta a Gerente de Marketing da VetFamily no Brasil, a médica-veterinária Agnes Tymoszczenko.
Preparativos
Planejamento é tudo. Se o pet não puder viajar com o tutor, é preciso selecionar o hotel ou o cuidador com antecedência, preferencialmente permitindo que o animal se acostume com o espaço ou com o profissional responsável alguns dias antes. Para os gatos, que se estressam com mudanças de ambientes, e cães menos sociáveis ou medrosos, o mais indicado é contratar um pet sitter. Se a escolha for por um hotel, é essencial buscar recomendações, avaliar a segurança, a higiene e o espaço disponível para o pet dormir e se exercitar.
Nas viagens, também é essencial verificar antecipadamente as acomodações do hotel ou imóvel, como áreas de acesso permitido que possibilitem conforto e atividade física para o pet, local de descanso e itens disponibilizados, como tapetes higiênicos, comedouros, bebedouros e caminhas. A higiene do local e as normas para entrada do pet devem garantir a segurança de todos, como a exigência da vacinação em dia e a proteção contra endo e ectoparasitas. A consulta preventiva ao veterinário já deve incluir esses quesitos, além do check-up composto por anamnese e exames diagnósticos de acordo com a espécie, a idade e as condições de saúde do paciente. O destino da viagem também vai determinar cuidados extras, como por exemplo prevenção contra a dirofilariose, também conhecida como verme do coração, e a leishmaniose, doenças que podem ser fatais.
“Ao deixar o pet sob os cuidados de um pet sitter ou em um hotel para animais, o check-up também é fundamental. Além disso, também é importante informar os contatos do médico-veterinário e da clínica ou hospital que atende o animal para o caso de uma emergência. O veterinário de confiança já conhece o histórico do paciente, facilitando o atendimento emergencial e dando mais segurança para o tutor”, comenta Agnes, ressaltando mais um fator positivo em estabelecer atendimento veterinário regular.
Aproveitando as férias
Durante o trajeto de carro, caixa de transporte bem-fixada ou cinto de segurança preso ao peitoral do cachorro evitam acidentes e multas. Ar-condicionado ligado e paradas regulares para as necessidades físicas e ingestão de água garantem o conforto do animal.
Já para a mala de viagem ou hospedagem, a veterinária ainda elenca alguns itens básicos: ração para o período; acessórios para alimentação e hidratação; cama e brinquedos preferidos; peitoral, guia, coleira, placa de identificação e microchipagem para maior segurança; repelente contra insetos e parasitas para complementar a ação do antipulgas; protetor solar (sim, os pets precisam deste cuidado assim como nós) e medicamentos de uso contínuo e preventivos. O médico-veterinário pode indicar antieméticos, antialérgicos, antitóxicos e analgésicos para um possível suporte emergencial.
Além desses itens, o veterinário alertará para os riscos conforme a idade, as particularidades e as condições de saúde do animal. Cães braquicefálicos (com focinho achatado), cardiopatas, filhotes e idosos, por exemplo, têm maior sensibilidade ao calor. Desta forma, atividades mais amenas e maior cuidado com a climatização são cruciais. Pets alérgicos devem evitar areia e banhos em excesso. Animais com problemas gastrointestinais requerem maior atenção com a qualidade da água a ser ingerida, assim como frescor da ração ou alimentos.
“Pode até parecer exagero, mas a atenção aos detalhes nos cuidados com os pets pode ser a garantia de férias e de um retorno tranquilos. Prevenção, exames e consulta com o veterinário não são custos, mas investimentos em saúde e segurança tanto do pet como dos tutores, afinal o clima e os destinos preferidos das férias também aumentam os riscos de zoonoses”, completa Agnes.