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Câncer de mama e o papel da alimentação na prevenção, tratamento e cura

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O câncer de mama é uma das doenças mais temidas pelas mulheres em todo o mundo.

No Brasil, essa doença ocupa o topo das estatísticas, sendo o tipo de câncer mais comum entre o público feminino, excluindo os casos de câncer de pele não melanoma. Segundo estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA), mais de 73 mil novos casos devem ser diagnosticados em 2024, representando cerca de 29,7% de todos os tipos de câncer em mulheres no país. Esses números reforçam a urgência da prevenção, diagnóstico precoce e tratamento eficaz.

Em escala global, a Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta que o câncer de mama afeta mais de 2,3 milhões de mulheres por ano, e estima-se que uma em cada oito mulheres enfrentará a doença ao longo da vida. Apesar da gravidade, as taxas de mortalidade vêm diminuindo devido ao avanço das tecnologias de diagnóstico, ao tratamento mais eficaz e ao aumento da conscientização sobre a importância de exames preventivos, como a mamografia.

Os fatores de risco para o câncer de mama incluem idade avançada, histórico familiar, obesidade, sedentarismo, consumo excessivo de álcool e tabagismo. Embora alguns desses fatores sejam inevitáveis, outros podem ser controlados. O INCA aponta que aproximadamente 30% dos casos de câncer de mama poderiam ser evitados com mudanças no estilo de vida, incluindo uma alimentação balanceada, prática regular de exercícios físicos e manutenção de um peso saudável.

A alimentação, em particular, exerce um papel crucial tanto na prevenção quanto no tratamento do câncer de mama. Segundo a nutricionista Fernanda Larralde, parceira da rede Bio Mundo, “uma dieta rica em antioxidantes, fibras e gorduras saudáveis pode reduzir significativamente o risco da doença”. Ela recomenda a inclusão de alimentos como frutas vermelhas, vegetais crucíferos (como brócolis e couve-flor), peixes ricos em ômega-3 e grãos integrais para fortalecer o sistema imunológico e combater processos inflamatórios no organismo.

Além disso, Fernanda destaca a importância de incluir alimentos ricos em fitoquímicos, como soja, linhaça e vegetais de folhas verdes, que são associados a uma menor incidência da doença. Por outro lado, ela alerta sobre o consumo excessivo de carnes processadas e gorduras saturadas, que podem aumentar o risco de câncer. “Uma dieta anti-inflamatória é essencial não só na prevenção, mas também durante o tratamento, ajudando na recuperação e promovendo o bem-estar geral da paciente”, ressalta.

Durante o tratamento do câncer de mama, que frequentemente envolve quimioterapia e radioterapia, a alimentação adequada pode ser determinante para a qualidade de vida da paciente. Fernanda Larralde explica que uma dieta equilibrada fortalece o sistema imunológico e pode aliviar efeitos colaterais, como fadiga, náuseas e perda de apetite. “Alimentos leves, mas nutritivos, como gengibre, chás de ervas e sucos naturais, são ótimos para controlar náuseas, enquanto proteínas magras e frutas ricas em vitaminas ajudam a manter a massa muscular e os níveis de energia”, afirma a nutricionista.

O diagnóstico precoce é um dos fatores mais importantes para o sucesso no tratamento do câncer de mama. A detecção inicial, por meio de exames de rotina como a mamografia, aumenta as chances de cura em até 95%. Mulheres acima de 40 anos são especialmente incentivadas a realizar consultas regulares e exames de rastreamento.

Segundo a nutricionista Fernanda Larralde, a prevenção é resultado de um conjunto de hábitos saudáveis: “Hábitos simples do dia a dia estão por trás da manutenção da boa saúde e da prevenção de doenças graves. A boa notícia é que muitas vezes uma única mudança na alimentação ou na prática de exercícios pode trazer múltiplos benefícios.

A alimentação é uma das bases fundamentais para uma vida equilibrada. “A orientação é buscar alimentos naturais, o famoso ‘desembale menos, descasque mais’. Comer comida de verdade, reduzir os industrializados e evitar excessos são hábitos que fazem toda a diferença”, afirma Fernanda. Ela também reforça a importância da prática regular de atividades físicas, que, combinada com uma dieta saudável, é uma das melhores estratégias de prevenção não apenas contra o câncer de mama, mas contra várias outras doenças.

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