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Câncer de esôfago: frequente na população masculina, pode ser curado

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A perda de peso repentina e os engasgos constantes começaram a chamar a atenção do Edmilson Tenório Irmão, que decidiu procurar um médico e investigar os sintomas. Ao fazer uma endoscopia, o médico diagnosticou um tumor no esôfago. “Quando eu ouvi o médico dando o diagnóstico, o chão fez um buraco e eu fiquei muito assustado”, conta o paciente de 49 anos. Edmilson faz parte do universo de 11 mil pessoas que são diagnosticadas anualmente com câncer no esôfago no Brasil. O tumor é o 5º mais frequente entre os homens e o 15º entre as mulheres. No caso dele, foi preciso dar início às sessões de quimioterapia, para reduzir o tumor, para que, então, pudesse ser operado.

 

O câncer de esôfago pode ser identificado em dois tipos: carcinoma escamoso e adenocarcinoma, sendo bastante relacionados ao estilo de vida das pessoas, como o consumo de bebidas muito quentes, uso de álcool e o tabagismo, responsável por 25% dos casos. Já o adenocarcinoma, está relacionado à obesidade, dieta com poucos vegetais e ao refluxo. “Esse segundo tipo vem aumentando bastante entre a população e, infelizmente, já podemos relacionar ao estilo de vida moderno”, alerta Rafael Luís, oncologista do Grupo SOnHe.

 

O mês de abril recebe o laço azul-claro como forma de conscientizar as pessoas sobre a prevenção e o diagnóstico desse tipo de tumor. Embora não haja um exame específico para o rastreio, os sintomas, que costumam ser persistentes, podem ajudar a identificar o câncer de esôfago de forma precoce. Segundo o oncologista, quando o tumor é descoberto no início, as chances de cura são muito altas. “Sintomas como dificuldade ou dor para engolir os alimentos, dor no peito, vômito e perda de peso repentina precisam ser investigados com urgência”, alerta Rafael. Nesse caso, o recomendado é fazer a endoscopia digestiva alta com biópsia.

 

O câncer de esôfago é responsável pela morte de 8 mil pessoas por ano no Brasil, sendo 80% homens. Por isso, a prevenção é importante e está diretamente relacionada à adoção de hábito saudáveis de vida, evitando o consumo de álcool e cigarro, além do consumo excessivo de bebidas quentes, como café e chimarrão. Manter uma rotina de exercícios físicos e eliminar o sobrepeso também são medidas necessárias. “Também é muito importante que o paciente que apresente refluxo gastroesofágico faça o tratamento adequado da doença”, reforça o oncologista.

 

Edmilson Tenório Irmão trata a doença há quase 1 ano. Nesse período, já passou por sessões de quimioterapia, cirurgia para a retirada do tumor e uma recente, para o alargamento da garganta. O paciente segue confiante no tratamento e nos novos hábitos que ele já está incorporando ao seu dia a dia. “Assim que eu estiver totalmente liberado, vou começar a me exercitar e manter uma alimentação ainda mais saudável. Além, claro, de manter o acompanhamento médico. É o que eu posso fazer por mi

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