Você já se perguntou por que é tão difícil resistir àquela porção extra de batatas fritas ou à sobremesa, mesmo quando já está cheio? O ato de comer demais não apenas impacta a sua saúde, como também pode ser um sintoma de questões emocionais e comportamentais subjacentes. Segundo um relatório do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), quase 40% dos adultos nos Estados Unidos são obesos, o que ressalta a urgência em abordar esse tema.
Em um mundo onde a oferta de alimentos é abundante e a cultura do “coma agora, se preocupe depois” prevalece, muitas pessoas se veem lutando contra o impulso de comer excessivamente. A luta não é apenas física, mas também emocional, e em muitos casos, psicológica.
Sobre esse tema, muitas pessoas não sabem ou não têm a capacidade cognitiva de conseguir discernir sobre o que pode gerar essa compulsão. “O segredo não está em restringir calorias, mas sim em entender os gatilhos que nos fazem comer mais do que o necessário”, afirma Alessandra Feltre, Head de Nutrição da Puravida.
Combater o excesso de comida é uma jornada que envolve tanto a mente quanto o corpo. Implementar essas dicas e reflexões pode ser o caminho para uma rotina mais saudável e consciente:
- Sinais de fome e saciedade: um estudo publicado no “Journal of Clinical Nutrition” indica que a sensação de saciedade demora cerca de 20 minutos para ser percebida pelo cérebro após o início da refeição. Ignorar esses sinais pode contribuir para o excesso alimentar.
- Fome física ou emocional: a fome emocional muitas vezes exige grandes quantidades de comida para ser satisfeita e geralmente é acionada por emoções negativas, como tristeza ou tédio.
- Dietas restritivas: dietas muito restritivas podem desencadear um ciclo vicioso de emagrecimento e ganho de peso, além de aumentar o apetite.
- Compulsão alimentar: comer grandes quantidades de alimentos em um curto período de tempo, sem controle sobre o que ou quanto comer, é um sinal de compulsão alimentar.
Dentro dessa situação, a nutricionista Alessandra Feltre apresenta nove dicas para evitar que a compulsão alimentar:
- Mantenha um diário alimentar
Anote tudo o que você come e as emoções que sente antes e depois das refeições. Isso pode ajudar a identificar padrões e gatilhos.
- Planeje suas refeições e lanches
O planejamento antecipado pode evitar decisões alimentares impulsivas e não saudáveis.
- Coma devagar
Leva cerca de 20 minutos para o seu cérebro receber o sinal de que você está cheio. Comer devagar pode ajudar a evitar o excesso de comida.
- Beba água antes das refeições
Beber um copo de água antes de comer pode ajudar na saciedade, reduzindo assim as chances de comer demais.
- Mantenha alimentos não saudáveis fora de vista
Evite a tentação, mantenha guloseimas e petiscos não saudáveis fora do seu campo de visão.
- Faça exercícios regularmente
O exercício não apenas ajuda na perda de peso, mas também melhora o seu humor, diminuindo a probabilidade de comer por razões emocionais.
- Durma bem
A falta de sono pode levar a maiores níveis de grelina, o hormônio da fome, e menores níveis de leptina, o hormônio da saciedade.
- Separe sua comida em porções menores
Em vez de um grande prato, opte por pratos menores para ajudar a controlar as porções.
- Procure apoio profissional
Para casos extremos de compulsão alimentar, é sempre bom procurar o apoio de profissionais como nutricionistas e psicólogos.
A solução para parar de comer em excesso está em entender as complexas interações entre a mente, o corpo e o alimento. “Comer não é apenas um ato físico, mas também emocional. Portanto, trabalhar tanto o corpo quanto a mente é essencial para uma relação saudável com a comida”, conclui Alessandra Feltre.