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Alimentação saudável crescerá US$ 452,93 milhões até 2027 e impulsiona empresas do setor

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O mercado global de alimentos voltados para saúde e bem-estar deverá crescer US$ 452,93 milhões até 2027, conforme a previsão da empresa canadense de pesquisa de mercado Technavio. Com uma taxa anual de crescimento estimada em 8,5% para o período, as categorias de alimentos naturais saudáveis, funcionais, BFY (Better For You), orgânicos e produtos para intolerâncias alimentares estão entre as mais promissoras.

No Brasil, o cenário é ainda mais otimista. Segundo dados da Euromonitor International, o mercado de alimentos e bebidas saudáveis no país movimentou aproximadamente R$ 100 bilhões em 2021, com uma previsão de crescimento anual de 27% até 2025. Esse crescimento significativo está impulsionando a expansão de empresas do setor em todo o país.

“Estamos observando uma transformação no comportamento do consumidor brasileiro. Há uma busca crescente por produtos que promovam a saúde e o bem-estar, o que tem impulsionado o mercado de alimentos saudáveis de maneira significativa,” afirma Edmar Mothé, CEO da Bio Mundo, rede de produtos naturais e alimentação saudável, com mais de 170 lojas presentes em 22 estados do país + o DF.

Refletindo essa tendência, a Bio Mundo inaugurou recentemente cinco novas lojas: uma em Valinhos e outra em Indaiatuba, ambas no estado de São Paulo. Outras em Cabo Frio, no Rio de Janeiro; Sinop, na região oeste do Mato Grosso; e Pão de Açúcar, no Piauí.

O mercado de suplementos alimentares também tem mostrado um crescimento notável. De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos para Fins Especiais e Congêneres (ABIAD), o setor movimentou cerca de R$ 6 bilhões em 2020, com uma taxa de crescimento anual média de 10% nos últimos cinco anos. “Os suplementos alimentares estão se tornando cada vez mais populares, não só entre atletas, mas também entre pessoas que buscam melhorar sua qualidade de vida e prevenir doenças,” comenta Mothé.

O crescimento desses mercados tem um impacto direto na economia brasileira. Segundo a Abia (Indústria Brasileira de Alimentos e Bebidas), a indústria alimentícia criou 70 mil vagas diretas em 2023, totalizando 1,97 milhão de empregos diretos, um crescimento de 3,7% em relação a 2022. Estima-se que o setor de alimentos saudáveis gere cerca de 1 milhão de empregos diretos e indiretos, desde a produção agrícola até a venda no varejo neste ano.

Além disso, o aumento no consumo de alimentos saudáveis e suplementos pode contribuir para a redução de custos com saúde pública, visto que uma população mais saudável demanda menos serviços médicos e hospitalares.

Pensando em inovação para atender à demanda crescente por produtos saudáveis e suplementos, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) vai investir R$ 500 milhões em pesquisas na área de segurança alimentar até 2026. Esses investimentos são fundamentais para pesquisa e desenvolvimento, visando oferecer produtos que atendam às necessidades e expectativas dos consumidores.

A pandemia de COVID-19 acelerou a conscientização sobre a importância da saúde e da nutrição adequada. Durante esse período, houve um aumento de 35% na procura por alimentos saudáveis e suplementos, segundo pesquisa da consultoria Kantar. Esse comportamento tende a se manter no pós-pandemia, consolidando ainda mais o crescimento desses mercados. “A pandemia trouxe uma nova perspectiva sobre a importância de uma alimentação saudável e da suplementação. Observamos um aumento significativo na demanda, tendência que acreditamos que se fortalecerá cada vez mais no futuro,” observa Mothé.

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