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Aeroporto de Congonhas (SP) recebe aporte de R$ 2 bi para obras de expansão e modernização

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O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, anunciou, nesta quarta-feira (23), que a assinatura da ordem de serviço para investimento de R$ 2 bilhões no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, será realizada no mês de dezembro. O aporte bilionário será feito pela Aena Brasil, concessionária responsável pela gestão do segundo maior aeroporto do país em termos de movimentação de passageiros. A declaração foi feita após reunião realizada com o titular da pasta e o presidente global da empresa, Maurici Lucena, em Madrid, na Espanha, onde o ministro realiza uma série de encontros bilaterais com objetivo de atrair parceiros estrangeiros para projetos brasileiros na área de infraestrutura.

Para o ministro, a retomada em investimentos em aeroportos, portos e hidrovias por empresas internacionais mostra a atratividade do nosso mercado e o potencial de desenvolvimento desses setores. “Atualmente, o mundo tem quase 3 trilhões de dólares à procura de investimentos em projetos de infraestrutura e demais empreendimentos logísticos. Nós estamos preparados para receber todo esse aporte para fazer o país crescer, e é por isso que a gente tem trabalhado muito”, destacou.

Sobre os aportes que serão realizados no aeroporto de Congonhas, Costa Filho ressaltou que, além do estado, os usuários do setor aéreo serão os principais beneficiados. “Esses investimentos serão fundamentais para melhorar a infraestrutura do aeroporto, levando mais conforto e bem estar aos passageiros que utilizam o aeroporto de Congonhas. A aplicação de recurso privado contribuirá para o fortalecimento da aviação civil brasileira, em especial para o Estado de São Paulo, por onde passam quase 80 milhões de viajantes por ano, o que corresponde a 70% do fluxo de pessoas”, indicou.

Maior operadora aeroportuária do mundo em números de passageiros transportados, a Aena é responsável pela gestão de 46 aeroportos e dois heliportos na Espanha. A empresa também administra o aeroporto de Londres-Luton, na Inglaterra, e atua em 12 terminais em todo o México, além da Jamaica, com 2 ativos. No Brasil desde 2020, a concessionária administra 17 aeroportos, que são responsáveis por cerca de 20% do tráfego aéreo nacional. Com exceção do Sul, a empresa opera terminais aeroportuários em todos as regiões do país, com destaque para o aeroporto de Congonhas, segundo maior do Brasil.

Melhorias no aeroporto de Congonhas

O plano de investimentos da Aena para um dos principais terminais aeroportuários do país conta com obras complexas e necessárias para comportar o aumento de turistas projetado. A expectativa é que, nos próximos anos, o terminal receba um terço a mais de viajantes do que tem recebido hoje, passando de 22 milhões, de acordo com dados divulgados pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) no ano passado, para 29,5 milhões.

Com conclusão prevista para 2028, o novo aeroporto de Congonhas terá sua área de embarque e desembarque ampliada, chegando a 105 mil m². O local também terá um novo salão de check-in com 72 posições amplas e acessíveis, podendo chegar a 108, e novo píer com 36 metros de largura e 330 metros de comprimento. As pontes de embarques também serão ampliadas, passando de 12 para 19, garantido que, ao menos, 70% das operações de embarque sejam realizadas diretamente até a aeronave. Além disso, haverá 10 portões de embarque remoto e 13 leitores automáticos de cartão de embarque.

Carteira de investimentos e oportunidade de expansão

Destravar projetos, modernizar os modais de transportes e investir no aperfeiçoamento da infraestrutura brasileira esses são alguns dos objetivos do ministro Silvio Costa Filho na missão que ele realiza nesta semana em Portugal e Espanha. Mais cedo, ele se reuniu com representantes das principais empresas na área de logística de transporte para apresentar a maior carteira de concessão em portos, aeroportos e hidrovias a ser executada pelo Governo Federal.

Durante o encontro, Costa Filho apresentou os principais projetos que serão concedidos à iniciativa privada. ”Foi uma reunião muito produtiva com os agentes internacionais, onde tivemos a oportunidade de mostrar a nossa carteira de investimentos em infraestrutura. Apresentamos os quase 50 terminais que serão leiloados até 2026, das possíveis concessões no setor da aviação e dos empreendimentos de hidrovias, que, pela primeira vez, será realizado no país”, indicou.

Com empreendimentos de grande interesse estrangeiro, o país possui uma das maiores carteiras de investimentos no mundo, com quase R$ 70 bilhões. Para o ministro, o retorno de investimento no mercado brasileiro é fruto de um intenso trabalho que vem sendo planejado e liderando pelo presidente Lula. “Nesse governo, os investidores internacionais passaram a olhar o Brasil como uma nova janela de oportunidade. Nós voltamos a ser destaque no mundo e o local onde as empresas querem aplicar seus recursos”, concluiu.

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