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Abril é o mês dedicado à conscientização sobre Doença de Parkinson

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No dia 11 de abril, é celebrado o Dia Mundial de Conscientização da Doença de Parkinson, data criada em 1998 pela Organização Mundial da Saúde (OMS), com o objetivo aumentar a conscientização sobre a doença e as dificuldades enfrentadas por pessoas que vivem com a doença de Parkinson, suas famílias e cuidadores. A data também serve como uma oportunidade para promover a pesquisa sobre a doença e as novas terapias disponíveis para tratar seus sintomas.

Os principais sintomas da doença de Parkinson incluem tremores, rigidez muscular, lentidão nos movimentos e problemas de equilíbrio e coordenação. Esses sintomas são causados pela perda de células nervosas no cérebro que produzem um neurotransmissor chamado dopamina. Sabe-se que o Parkinson é uma das doenças neurodegenerativas mais comuns em todo o mundo, afetando cerca de 1% da população com mais de 60 anos de idade.

De acordo com a Fundação Internacional de Parkinson, estima-se que mais de 10 milhões de pessoas em todo o mundo vivam com a doença, e cerca de 60.000 novos casos são diagnosticados a cada ano. Os números podem variar entre os países, mas a doença de Parkinson é considerada uma condição crescente devido ao envelhecimento da população. Com o aumento da expectativa de vida, espera-se que o número de pessoas com Parkinson aumente nas próximas décadas. No Brasil, estima-se que cerca de 200 mil pessoas vivem com a doença de Parkinson.

De acordo com a neurocirurgiã, especializada em Parkinson e Diretora de Comunicação da Sociedade Brasileira de Nerurocirurgia, Vanessa Milanese, a doença ainda é pouco conhecido pela população em geral, e muitas vezes, os sintomas são confundidos com o processo natural de envelhecimento.

“A doença de Parkinson é uma condição médica que afeta o sistema nervoso e, embora a idade seja um fator de risco para a doença, nem todas as pessoas idosas desenvolvem a condição. O envelhecimento pode levar a uma diminuição gradual na capacidade física e mental, mas isso geralmente ocorre de forma lenta e gradual, enquanto a doença de Parkinson pode causar sintomas mais dramáticos que se desenvolvem mais rapidamente”.

Os tratamentos para a doença incluem medicamentos que aumentam os níveis de dopamina no cérebro, terapia ocupacional e fisioterapia para ajudar a melhorar a mobilidade e a coordenação, e, em alguns casos, cirurgia cerebral.

Pesquisas recentes sobre a doença de Parkinson estão focadas em descobrir as causas subjacentes da doença e desenvolver novos tratamentos que possam prevenir ou retardar sua progressão. Alguns estudos estão investigando o papel da inflamação e do estresse oxidativo na doença de Parkinson, enquanto outros estão explorando o uso de terapias genéticas e celulares para tratar a doença.

“Os neurocientistas, e aí se incluem vários colegas neurologistas e neurocirurgiões, estão trabalhando para ajudar essas pessoas, criando modos de melhorar o seu caminhar e evitar quedas, ajudando para que esses pacientes continuem a produzir e mantenham as suas atividades familiares e sociais”, destaca a porta-voz da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia.

Vanessa Milanese completa destacando a importância de um tratamento adequado e personalizado para cada paciente. “Cada pessoa com Parkinson é única, e por isso, o tratamento deve ser individualizado, considerando as necessidades e características de cada paciente. Além disso, o acompanhamento multidisciplinar é essencial para garantir a qualidade de vida e o bem-estar dos pacientes”.

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