Nos Estados Unidos, diversas áreas de atuação têm se destacado como oportunidades de emprego para profissionais brasileiros. Setores como serviços alimentícios, design de paisagismo, educação e finanças estão entre os principais empregadores. Além disso, há uma demanda crescente em campos como medicina, administração, engenharia e economia, oferecendo salários atrativos.
De acordo com Daniel Toledo, advogado que atua na área do Direito Internacional, fundador da Toledo e Associados e sócio do LeeToledo PLLC, escritório de advocacia internacional com unidades no Brasil e nos Estados Unidos, é possível observar uma diferença salarial significativa entre os dois países. “Profissões consideradas menos qualificadas no Brasil, como babás, auxiliares de limpeza e cozinheiros, oferecem salários relativamente altos nos EUA, devido à escassez de mão de obra”, revela.
Existem, no entanto, existem também profissionais brasileiros com remunerações expressivas e ocupando cargos-chave, como diretores financeiros e líderes de projetos, em empresas renomadas. “A perspectiva é que brasileiros com formação superior ou especializações aumentem sua presença nos EUA, ocupando posições que exigem alto conhecimento técnico e acadêmico”, pontua.
Para Toledo, a situação econômica nos últimos anos fez com que muitos brasileiros perdessem as esperanças de estabelecer carreiras de sucesso no Brasil. “Por outro lado, as empresas americanas possuem uma escassez de profissionais evidente em diferentes níveis de qualificação. Embora a taxa de desemprego nos EUA varie, empresas enfrentam dificuldades para preencher vagas, fazendo com que green cards para imigrantes sejam patrocinados por essas marcas”, relata.
Além dos aspectos econômicos, a segurança e qualidade de vida também são atrativos para os brasileiros. “Esses fatores são determinantes e reforçam ainda mais a decisão dos profissionais sul-americanos que estão em busca de estabilidade e bem-estar pessoal”, declara.
O advogado ressalta que o aumento do acesso ao ensino superior no Brasil contribui para a expansão de perfil dos brasileiros que buscam oportunidades nos EUA. “A migração de pesquisadores, executivos, consultores e empreendedores também está em ascensão, demonstrando a diversidade dos profissionais que optam por trabalhar nos Estados Unidos”, revela.
Para se preparar para o mercado de trabalho nos EUA, o domínio do inglês é fundamental. “Estudos indicam que imigrantes fluentes no idioma têm remunerações 135% maiores se comparado aos profissionais que não dominam a língua. Ter fluência em inglês é um diferencial, especialmente em cidades como Nova York, Detroit e Boston, refletindo em salários mais altos”, aponta.
Em relação à documentação necessária para vistos e green cards, cada categoria conta com requisitos específicos e critérios diversos, tornando o processo complexo e variável. “O processo de imigração depende de uma série de fatores para ser executado com sucesso. De qualquer forma, a melhor alternativa sempre será a procura por um advogado especialista em direito internacional, que poderá efetuar todos os trâmites legais para que a aprovação aconteça da melhor maneira possível”, finaliza.