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Alunos de Jundiaí promovem exposição de robótica com materiais recicláveis

Engenhoka (2024) - JUNDIAÍ-4 - impressora 3D

O Instituto Burburinho Cultural, referência em produção cultural e gestão criativa, conclui neste mês de dezembro a primeira edição do projeto Engenhoka, iniciativa que levou o ensino de robótica cultural e arte a alunos de escolas de São Paulo. Foram mais de 400 estudantes mobilizados durante os quatro meses de projeto em seis instituições de ensino. Neste primeiro ciclo pioneiro, as instituições de ensino herdam um estúdio maker. Na  E. E. Alessandra Cristina Rodrigues de O Pezzato Profª., em JUNDIAÍ, os estudantes vão apresentar seus trabalhos finais na próxima quarta-feira, 11 de dezembro, a partir das 13h.

Idealizado pelo Instituto Burburinho Cultural, o Engenhoka conta com patrocínio da Fundação Siemens, Google Brasil, Digix, Simpress, Wilson Sons e Petronas. O projeto pedagógico foi desenvolvido pela PiCode a partir de um mapeamento da História da Arte feito pela curadora Fabiana Moraes, professora brasileira que é radicada na França há 20 anos.

Para Priscila Seixas, presidente do Instituto Burburinho Cultural, o Engenhoka amplia as fronteiras do que o Instituto Burburinho Cultural vem realizando através de várias iniciativas, implantadas no contraturno das aulas, na rede pública em todo o Brasil. “A inclusão da robótica educacional e da História da Arte formam um instrumento poderoso por permitir o desenvolvimento de habilidades essenciais para o mundo atual. A robótica, por exemplo, vai muito além do uso de máquinas; ela ensina pensamento crítico, trabalho em equipe e resolução de problemas de forma prática, habilidades indispensáveis tanto para o mercado de trabalho quanto para a vida”, destaca.

Diretor de projetos do Instituto Burburinho Cultural, Thiago Ramires organizou a estrutura e a equipe multidisciplinar, dentro e fora do Brasil, para dar forma ao Engenhoka. “Diante dos resultados, que acompanhamos de forma contínua, os alunos foram estimulados pelas disciplinas que dão base ao projeto, como ciências, artes e matemática. Torna-se evidente que tudo convergiu, também, para tornar a presença na escola pública mais estimulante”, pontua Ramires.

A curadora Fabiana Moraes, que vive e trabalha na França há 20 anos, destaca: “Reunimos uma lista com conceitos-chave e exemplos que viessem a enriquecer vocabulário dos professores e a imaginação dos alunos. Num primeiro momento, esperamos informar, formar, transmitir conhecimento, a partir de um olhar crítico, entendendo cada aluno como sujeito, repleto de singularidades”.

Método

O método, descrito num kit para cada aluno, partiu da premissa de apresentar artistas desde o século XV como Leonardo da Vinci, passando por Alexander Calder, Marcel Duchamp até Lygia Clark, Abraham Palatnik e Vik Muniz, sempre seguindo o método de apresentar um momento da História da Arte, sugerindo exercícios e em sequência a materialização de um objeto. Cinco módulos compõem o Engenhoka que será realizado em 2025 em colégios e escolas de outros estados do Brasil.

A iniciação aborda um processo experimental com todos os temas envolvidos no projeto. No segundo módulo, dá-se a prática de realizar o Pássaro Autômato, em que obras de artistas servem de referência para reflexão dos alunos sobe construção e movimento. Por exemplo, Calder e seus Móbiles, aludindo a questões de mecânica e movimento (relacionado à arte cinética). Na sequência, uma luminária criativa ganha forma, partindo da premissa de conhecer a arte e aplicar num trabalho. O penúltimo módulo trata do planejamento de uma escultura usando eletrônica, movimentos, interações com programação e automação para, finalmente, planejar um trabalho em grupo em consonância com o conteúdo apresentado. O resultado é uma escultura 3D feita em grupo.

De acordo com os representantes da PiCode, o grande diferencial do Engenhoka é estabelecer uma rotina em que os alunos recebem contextualização da História da Arte, passam por aquisição de repertório e colocam em prática através de projeto real. A lógica é conhecer elementos da arte, elementos mecânicos e eletrônicos. Por fim, essa lógica integra uma trilha evolutiva.

Referência em projetos de impacto sociocultural unindo educação e tecnologia, o Instituto Burburinho Cultural (@burburinho_cultural) planeja multiplicar em 2025 o Engenhoka (@projetoengenhoka) instituições da rede pública de ensino. Cada escola envolvida em 2024 recebeu o estúdio maker completo impressoras 3D, tablets, mobiliário, boxes de livros e material pedagógico.

No primeiro ano do Engenhoka as seguintes instituições públicas de ensino passaram pela formação: Rio de Janeiro: Colégio Estadual Souza Aguiar, no Centro da capital, Colégio Estadual Zuleika Raposo Valladares, em Niterói; no estado de São Paulo: E.T.E.C. Profª Ermelinda Giannini Teixeira, em Santana de Parnaíba, E. E. Alessandra Cristina Rodrigues de O Pezzato Profª, em Jundiaí, E.M. Dr. Gladston Jafet, no Guarujá, e EMEF Jayro Ramos, em Pirituba. Ao longo do percurso formativo, três fases estruturam a transmissão de conhecimento.

Projeto aprovado na Lei de Incentivo à Cultura, o Engenhoka conta com patrocínio da Fundação Siemens, Simpress, Digix, Wilson Sons, Petronas e Google, e é realizado pela Burburinho Cultural e Ministério da Cultura, Governo Federal – União e Reconstrução.

Projeto ENGENHOKA na cidade de JUNDIAÍ

Serviço: Exposição com apresentação dos projetos realizados pelos alunos

Data: 11/12

Horário: 13h

Local: E. E. Alessandra Cristina Rodrigues de O Pezzato Profª

Endereço: Av. Presbítero Manoel Antônio Dias Filho, 1524 – Parque Res. Jundiaí, Jundiaí – SP, 13212-461

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