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sábado, 7 de setembro de 2024
sábado, 7 de setembro de 2024

Consumo nos Lares Brasileiros encerra primeiro semestre em alta de 2,29%, aponta ABRAS

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Variação em junho resulta do expressivo crescimento de doações, da formação de estoque de arroz nos lares e da celebração do Dia das Mães em maio

 

Abrasmercado: preços da carne bovina – corte do traseiro recuam -4,35% no período

 

 

O Consumo nos Lares Brasileiros encerrou o período de janeiro a junho em alta acumulada de + 2,29%, de acordo com o monitoramento mensal da Associação Brasileira de Supermercados – ABRAS.

 

Na comparação interanual – junho de 24 x junho de 23 – o indicador registrou alta de +0,31%. Na comparação junho24 x maio24 houve queda de -1,80%. O recuo do consumo em junho resulta do expressivo e pontual aumento no volume de doações de alimentos, de itens de higiene e limpeza ao Estado do Rio Grande do Sul. Em maio, o Consumo nos Lares havia encerrado o mês em alta de +6,52% impulsionado ainda por outros fatores como a celebração do Dia das Mães e do aumento sazonal da demanda de arroz para formação de estoques nos domicílios. Todos os indicadores são deflacionados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e contemplam todos os formatos de supermercados.

 

“Encerramos o primeiro semestre com resultado positivo e em patamar próximo da estimativa do setor para o ano, de 2,50%. A empregabilidade no setor formal, o aumento real da renda, a antecipação de recursos e outros montantes injetados na economia no período mantiveram o consumo em trajetória semelhante à registrada no ano anterior quando houve dois reajustes do salário-mínimo no primeiro semestre, assim como a retomada do pagamentos dos precatórios e a consolidação dos programas de transferência de renda do Governo Federal que sustentaram o consumo em domicílio ao longo do ano”, analisa o vice-presidente da ABRAS, Marcio Milan.

 

Os principais recursos que movimentaram o consumo no período foram a antecipação do pagamento de R$ 30,1 bilhões em precatórios liberados em fevereiro pelo Governo Federal e do 13º salário para 3,6 milhões de aposentados, pensionistas e beneficiários dos auxílios do INSS (a partir de 24/04). Outros recursos vieram do programa Pé-de-Meia do Governo Federal que deve injetar R$ 6 bi no mercado ao longo do ano, dos repasses estimados de cerca de R$ 14 bilhões mensais do Bolsa Família, do pagamento do PIS-Pasep com montante de R$ 28 bilhões para 25 milhões de trabalhadores (fevereiro a agosto), do pagamento bimestral (fevereiro, abril, junho) do Auxílio-Gás estimado de R$ 592 milhões cada parcela, do pagamento R$ 18 bilhões de restituição do Imposto de Renda da Pessoa Física – IRPF 2024 (31/05 e 28/06).

 

 

Abrasmercado: preços da cesta variam 0,90% em junho

 

No semestre, preço da carne bovina – corte do traseiro acumula queda de -4,35%

Produtos básicos como leite, café e arroz puxam as altas de preços no período

 

 

O Abrasmercado – indicador que mede a variação de preços da cesta composta por 35 produtos de largo consumo dentre eles alimentos, bebidas, carnes, produtos de limpeza, itens de higiene e beleza

– registrou alta de 0,90% em junho. Os preços da cesta passaram de R$ 745,39 para R$ 752,11, na média nacional. De janeiro a junho, a cesta acumula alta de +4,09%.

 

Na comparação junho x maio, dentre os produtos básicos, as maiores altas foram registradas em leite longa vida (+7,43%), café torrado e moído (+3,03%) e arroz (+2,25%). No semestre, esses itens acumulam as maiores variações de preços com +22,85%, +12,14% e +11,24%, respectivamente. Já as quedas, em junho, foram puxadas por feijão (-4,29%), açúcar refinado (-0,56%), farinha de trigo (-0,47%).

 

Dentre os produtos lácteos, as principais variações foram: leite em pó integral (+2,49%), queijos muçarela e prato (+1,50%), margarina cremosa (-0,52%).

 

O recuo nos preços da carne bovina é destaques no semestre. Os cortes do traseiro acumulam queda de -4,35% após cinco quedas de preços consecutivas: junho (-0,02%), maio (-0,57%), abril (-1,64%), março (-2,59%), fevereiro (- 0,84%). Por sua vez, os preços do corte dianteiro acumulam queda de -2,17% no período. Os maiores recuos na comparação mês a mês foram registrados em janeiro (-2,02%) e junho (-1,04%). As demais variações nos preços das proteínas animais em junho foram: ovos (-0,74%), frango congelado (-0,40%), pernil (+0,52%). No acumulado do semestre, as altas vêm de ovos (+4,22%), frango congelado (+2,01%). Já a queda é puxada por pernil (-0,74%).

 

Nos produtos hortifrutigranjeiros, as variações em junho são: batata (+14,49%), tomate (+2,05%) e cebola (-7,49%). De janeiro a junho, as principais altas foram batata (+55,79%), cebola (+33,85%), tomate (+28,59%).

Na categoria de higiene e beleza, as variações nos preços em junho foram: sabonete (+1,07%), xampu (+0,93%), creme dental (+0,06%), papel higiênico (-0,67%).

 

Dentre os itens de limpeza, as altas foram registradas em sabão em pó (+0,42%), água sanitária (+0,35%), detergente líquido para louças (+0,14%).

 

 

Cesta no Sudeste registra a maior variação nos preços (+1,83%)

 

Sul tem a cesta mais cara e Nordeste a mais barata dentre as cinco regiões

 

 

Na análise regional, em junho, as variações nos preços por região foram: Sudeste (+1,83%), Centro-Oeste (+1,30%), Sul (+1,01%), Norte (+0,86%), Nordeste (+0,47%). No Sudeste, os preços passaram de R$ 753,19 para R$ 766,94, no Centro-Oeste de R$ 701,02 para R$ 710,14. A região Sul tem a cesta mais cara do País e os preços passaram de R$ 839,60 para R$ 848,07. Em seguida, está a cesta da região Norte onde os preços saíram de R$ 820,23 para R$ 827,88. Nordeste mantêm a cesta mais barata dentre as regiões com preços passando de R$ 681,84 para R$ 685,03.

 

 

Cesta de 12 produtos básicos registra alta de 1,09%

 

No recorte da cesta de alimentos básicos com 12 produtos houve alta de 1,09% em junho, passando de R$ 313,38 para R$ 316,79.

 

As principais altas vieram do leite longa vida (+7,43%), do café torrado e moído (+3,03%), do arroz (+2,25%), do queijo (+1,50%), do óleo de soja (+0,78%). Já as quedas foram puxadas por feijão (-4,29%), açúcar refinado (-0,56%), margarina cremosa (-0,52%), farinha de trigo (-0,47%), massa sêmola de espaguete (-0,42%), farinha de mandioca (-0,38%), carne bovina – cortes do dianteiro (-1,04%).

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